O balanço patrimonial é peça-chave para toda empresa. Ele faz com que toda a estrutura patrimonial de uma organização seja apresentada de maneira resumida e com facilidade de compreensão até mesmo para os leigos. Assim, ele vale não só para cumprir exigências legais, mas também para fazer com que os planos internos de curto, médio e longo prazo possam ser alcançados.
No artigo de hoje você poderá conhecer mais detalhes sobre essa demonstração tão importante que é o balanço patrimonial. Vamos juntos?
A representatividade do balanço patrimonial
Juntamente com a Demonstração do Resultado do Exercício, o balanço patrimonial é considerado como a demonstração financeira mais importante de toda empresa. Com a análise dele é possível entender toda a configuração patrimonial de uma entidade.
É possível que sejam analisados os ativos, representados pelos bens e direitos de uma empresa, tanto realizáveis em curto quanto em longo prazo. No lado dos passivos, representados pelas obrigações da entidade, podem ser enquadradas tanto obrigações exigíveis quanto não exigíveis.
As obrigações exigíveis são aquelas que devem ser liquidadas com terceiros, como empréstimos ou financiamentos. Já as obrigações não exigíveis são os componentes do patrimônio líquido que os proprietários puseram à disposição da empresa para que os negócios pudessem ser iniciados, mas que não precisam ser devolvidos.
Os benefícios do balanço patrimonial
De posse do balanço patrimonial, é possível analisar os índices econômico-financeiros de uma empresa, dentre várias outras coisas. Se for possível o acesso aos índices médios do mercado — normalmente disponíveis por meio de associações ou entidades similares— pode-se identificar se sua entidade tem muito ou pouco dinheiro disponível ou se deve demais, por exemplo.
Isso pode ser feito com a comparação dos recebíveis de uma empresa, decorrentes de vendas a prazo, com os valores a pagar, que são provenientes de compras financiadas por fornecedores.
Também é possível identificar se há muito recurso imobilizado em ativos fixos, como máquinas, equipamentos ou outros ativos que, além de consumir recursos em quantidade maior, possuem pouca ou nenhuma liquidez quando comparados aos investimentos, por exemplo.
Não há uma proporção considerada ideal para a estrutura patrimonial de uma empresa, como percentuais de ativos fixos em relação ao caixa ou as dívidas de curto prazo em relação às de longo. O ideal é que se conheça o negócio para saber de todas as suas necessidades.
Balanço patrimonial e fluxo de caixa
Há algumas empresas que julgam o fluxo de caixa como sendo um meio mais eficaz de controlar o patrimônio do que o balanço patrimonial. De fato, o fluxo de caixa mostra com detalhes todas as entradas e saídas de recursos. No entanto, ele não permite descobrir as obrigações de uma empresa, nem os valores que ela tem a receber e a pagar nos próximos 30 dias, por exemplo. Essas informações só estão disponíveis no balanço patrimonial.
Outros exemplos estão ligados às informações de lucratividade das entidades. Não há como saber se os lucros de uma empresa estão fazendo o patrimônio aumentar apenas analisando os fluxos de caixa — para isso é necessário analisar o balanço patrimonial.
Em suma, o fluxo de caixa não é mais nem menos importante do que o balanço patrimonial, eles são recursos complementares. Afinal, se não houver informações do balanço patrimonial relativas ao caixa, não será possível elaborar o conjunto dos fluxos de caixa.
A elaboração da demonstração: os elementos
O balanço patrimonial é composto por bens, direitos e obrigações, mas essa disposição deve seguir preceitos legais definidos pela legislação específica: a Lei das Sociedades Anônimas.
Essa lei estabelece, entre outras situações, que os bens e direitos que constituem o ativo devem ser apresentados em ordem decrescente de liquidez, ou seja, de capacidade de serem transformados em caixa.
Dessa forma, o ativo é iniciado com o caixa e finalizado com os intangíveis, pois estes são mais difíceis de serem transformados em moeda do que qualquer outro bem ou direito, de acordo com a legislação específica.
Eles são evidenciados pelos bens e direitos de curto prazo, o ativo circulante, e pelos de longo prazo, chamados de ativo não circulante. A outra parte do balanço patrimonial é o passivo, representado pelas obrigações de uma entidade. Essas obrigações também devem ser apresentadas em ordem decrescente, mas de exigibilidade, que é a chance de alguém cobrar tais pagamentos.
O passivo é dividido em circulante, com as obrigações de curto prazo, e não circulante, com as de longo prazo. Também há a presença do patrimônio líquido, que é a riqueza própria da empresa, iniciada com os investimentos provenientes dos proprietários.
O balanço patrimonial é, portanto, importantíssimo para qualquer empresa, assim como as outras demonstrações financeiras, sejam elas obrigatórias ou não obrigatórias. Fato é que o balanço é um pouco mais relevante do que as outras demonstrações, sendo inclusive a base para a confecção destas, como é o caso do fluxo de caixa.
Fonte: blog.controlle.com / Imagem: Google